Deborah Bruel, Curitiba, outubro 2006

26 de October de 2006

6 de November de 2006

Curitiba

Experiência artística I

Experiência artística I

Experiência artística I

Experiência artística I

Experiência artística I

Experiência artística I

Experiência Artística I

NBP

Experiências artísticas
Conviver com o NBP, abriu novas possibilidades de contato com experiências artísticas diversas, já que tentei proporcionar m contato grande com pessoas que tem um processo criativo. Cada situação dessas me permitiu vivenciar o momento de criação de diversas pessoas, o que foi muito excitante.

I – fotos com André Carneiro, Rosangela Wolski, Mustafá e Rosana Grafetti:

Fazer parte da seção de fotos com André Carneiro foi realmente uma experiência artística. Poeta, artista e acima de tudo muito criativo André consegue que eu me integre ao objeto, faça parte daquele espaço, …

“O segredo da vida nem lemingues decifram,
escrevo poesia,
branca bengala do cego,
junto hieróglifos no labirinto.”

Deborah,
Escrevi uma crônica-poema em prosa-non sense, da coisa estranha na sua casa.

BRANCA COISA ALIENÍGENA
· Deborah me convidou para opinar sobre algo em sua casa. Imaginei que fosse uma cadeira, ou prateleira, porque sou bom carpinteiro. Também falo de quadros, de Picasso a Magritte, de Tarsila a Deborah. Uma casa é uma casa. Sei tudo que uma casa pode ter. Mas ela queria um palpite sobre uma caixa alienígena. Branca, de um material desconhecido, com um tubo central (porta rabos talvez, ou lixeira prática). Deborah disse que a caixa era bio-magnética, ela tinha desejos de abraçá-la. Eu não tive, era fria, parecia uma simples mesa ao contrário. Fiquei ali meio calado, observando mais a Deborah, cuja estranha leve dança ao redor da coisa era muito melhor do que a coisa. Ela acabou deitando-se na forma oblonga, que não era oblonga, mas a palavra é linda. Linda também ficou a Deborah enrrodilhada, o tubo no centro, única peça sensual da coisa branca, isso com a ajuda dela, sem duvida. Havia duas câmeras digitais no recinto e Rosangela, atônita, sentia também desejos de se deitar com o alienígena, ou melhor, com a coisa alienígena. Deve ter vindo de um planeta inodoro e insípido, que nem sereias sem sexo agüentariam. Talvez justamente caído na terra para abrigar na sua falsa brancura moralista, as nossas mais lindas mulheres. Não se pode confiar em alienígenas parecidos com mesas emborcadas. Se duvidam, examinem as fotos. Quais fotos? Pois, eu sou quase cego, mas enxergo perfeitamente para que servem banheiras oblongas, caladas, com um tubo no centro, muito suspeito esse tubo. Eu disse para a Rosangela, que tremia, próxima, sobre o efeito bio-magnético: “Suba na cadeira, com a máquina.” Ela subiu. Eu disse: “Enquadre a banheira”. Ela enquadrou. Vocês estão imaginando que graça pode ter em uma casa, aquela fingida coisa fria alienígena? Eu responderei, um pouco aflito: “Vejam as fotos”. Deborah, oblonga, aninhada, até Rosangela, ambas inteiramente vestidas, ambas oblongas belas alienígenas completamente dominadas, ou talvez, como acontece na terra, dominando o invasor.
· E nada mais eu disse, nem me foi perguntado.
André Carneiro

André Carneiro é poeta, escritor, cineasta e artista plástico. É o escritor brasileiro de Conto Fantástico mais conhecido e de mais prestígio no exterior. Latina. A. E. van Vogt, escreveu que ele “merece a mesma importância de um Kafka ou um Camus”. Ganhou vários prêmios com seus livros de poemas e prosa. Único membro da América do Sul do Science Fiction & Fantasy Writers of America. O crítico francês Bernard Diez o considera o maior poeta vivo brasileiro.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Andr%C3%A9_Carneiro
http://www.amigodaalma.com.br/conteudo/artigos/andre_carneiro.htm

Outras impressões:
Estavam presentes Rosangela Wolski, Mustafá e Rosana Grafetti.

Olá Deborah

Recebi as fotos e fiquei empolgado com o resultado. Foi realmente um privilégio poder testemunhar um processo criativo em andamento, ainda mais em se tratando de uma demonstração tão clara da maravilhosa sinergia que existe entre os membros da confraria.

A forma como o processo se realizou, também deixou seus contornos definidos. Ocorreu com tanta espontaneidade, parecia que coisas assim são feitas todos os dias.

Na verdade conseguimos construir ali um oásis. Um instante único de grande transcendência.

O que importava era a essência da criatividade. Era a busca pela conjugação de diversos elementos. Valorizar no metal a singeleza da forma, ao mesmo tempo que transubstanciar a forma com a presença do gesto, com a sinuosidade e graça da ocupação do espaço, essa grande força da natureza feminina.
O elemento humano, mais que figurativo representou para mim, a metafóra da nossa não conformidade. A nossa tentativa diária de ocupar o lugar que nos cabe na geometria do mundo, isso, entre tantas outras leituras.

Além de oferecer essa amplidão de significados, o processo ultrapassou, a meu ver, a simples experiência sensorial. Carregou em si a simplicidade um conjunto de emoções.

Entre as mais proeminentes destaco aqui, a simples emoção do encontro.
Nos divertimos muito, como crianças amigas que se reencontram novamente no mundo e conseguem com a inocência de suas almas transformar em pura alegria o simples fato de estarem juntas.

Como disse, foi um privilégio.
Mustafá

Olá Deborah

Você pediu que eu escrevesse sobre o objeto, mas vou passar algumas
sensações que tive, nos dias em que convivi com ele.

“Sensação de um objeto frio, interessante, estranho, um utilitário….depois
divertido, curioso, estimulante da criatividade…. começa tomar vida, ocupa
o espaço, mexe com as pessoas…. constrange, impossibilita, permanece
imóvel….altera o humor ….hora risos, hora irritação, hora
silêncio….hora de ir para casa de outra pessoa……”

Bjs

Rosangela Wolski

Experiência artística I - André Carneiro

5 de November de 2006

Experiência artística I - André Carneiro

Experiência artística I - André Carneiro

5 de November de 2006

Experiência artística I - André Carneiro

Experiência Artística I - André Carneiro

5 de November de 2006

Experiência Artística I - André Carneiro

Experiência Artística I - André Carneiro

5 de November de 2006

Experiência Artística I - André Carneiro

Experiência Artística I - André Carneiro

5 de November de 2006

Experiência Artística I - André Carneiro

Experiência Artística I - André Carneiro

5 de November de 2006

Experiência Artística I - André Carneiro

Experiência artística I - André Carneiro

5 de November de 2006

Experiência artística I - André Carneiro

Experiência artística I - André Carneiro

5 de November de 2006

Experiência artística I - André Carneiro